Como todos os domingos, fomos assistir a missa no Convento dos Capuchinos, era um dia especial, o “Dia dos Pais”. Rezada por Frei Eudes e acompanhada na sua homilia por Frei Paulo e alguns pais que estavam presentes e ajudaram na celebração deste domingo.
Quando chegamos, eu e minha querida Roberta, sentamos na parte central da igreja, segundos depois falei sobre minha intenção de colocar o nome de papai na lista das pessoas falecidas e fui a secretária providenciar meu intento, pois no último dia 03 de agosto, se vivo estivesse ele faria cento e um anos de vida. Assim fiz, foi à secretaria e entrei na fila das intenções, lá entre outras pessoas estava ajudando o pessoal da secretaria o querido Maestro Gilberto, também ao seu lado sua querida esposa Tânia, que ao me vê, disse: Você vai fazer coleta! Argumentei com ela, Ok! Mais antes quero colocar o nome de meu pai na lista das intenções dos entes queridos já falecidos, a fila estava grande e o tempo corria, e Tânia olhando em volta pra vê se encontrava outro irmão de caminhada para convidá-lo a se engajar na coleta. Não pensei duas vezes, e olhando pra ela disse: Vou pra coleta! E sai da fila das intenções com o coração apertado, e fui pra sacristia vestir a indumentária dos coletores, mais meu coração estava apertado, queria tanto inserir o nome de meu pai na lista dos entes queridos.
Quando fui comunicar a minha espôsa Roberta que iria participar da coleta, já estava paramentado com o jaleco dos coletores dos dízimos. Meu coração continuava apertado, não tinha conseguido colocar o nome de papai na lista das intenções, pois o chamado foi mais forte e lá fui eu pra fila que se formava na entrada principal do convento dos capuchinhos juntamente com outros pares que iriam trabalhar na santa missa. Antes de entrar no recinto, fechei os olhos e conversei com Deus, dizia que não importava se tinha colocado ou não o nome de papai na lista de intenções, o que importava era a minha intenção e Ele sabia qual era, meus olhos lacrimejaram, senti uma saudade imensa do meu querido velho. Era o começo daquele domingo especial em comemoração ao dia dos pais, lembrei-me também de meus três filhos e pedi proteção a Jesus para eles, pois, depois da missa iríamos nos encontrar.
Como sempre, a celebração começou com a saudação de bom dia, do Frei Eudes, posteriormente a Oração do dia e a Primeira Leitura: 1Rs 19,9a.11-13 Permanece sobre o monte na presença do Senhor. Na sequencia ouvimos o Salmo: 84,9ab-10.11-12.13-14 (R. 8) Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei! Depois a Segunda Leitura: Rm 9,1-5 Eu desejaria ser segregado em favor de meus irmãos.
Posteriormente Frei Paulo leu o Evangelho: Mt 14,22-33 Manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre as águas. A leitura descreve às tempestades e grandes ondas, que põem em risco a vida dos discípulos, ao atravessam de barco o mar da Galileia. É noite e o medo se apodera de todos, Pedro vê Jesus, mais incrédulo duvida da presença dele andando sobre as águas e diz: Senhor se és Tu, salvai-nos. E Jesus, disse: Homem de pouca fé, porque duvidas. E salvou todos.
A missa transcorria normalmente com suas liturgias, oferendas, comunhão e seus belos cânticos, até Frei Eudes e Frei Paulo cantaram músicas em homenagem aos pais. Mais para mim, o melhor estava por vim, antes dos ritos finais, o amigo e maestro Gilberto levantando-se de sua cadeira, dirigiu-se a equipe de canto nos presenteando com a música: “Meu querido, meu velho, meu amigo”. A emoção tomou conta de todos quando começamos a ouvir sua bela voz encantando e emocionando a todos, muitos choraram, eu o colega ao lado, inclusive o próprio maestro que chegou a parar de cantar por alguns segundos, sufocado pela emoção. E depois, tudo foi coroado com a benção final.
Feliz, sai aliviado da missa, o coração já não mais apertava quando pensava no meu velho e desejava muita luz para ele, enquanto feliz ligava para meu primogênito e confirmava o encontro e almoço dos dia dos pais com eles.
A Missa do Dia dos Pais
ResponderExcluirPor: Airson Oliveira
Como todos os domingos, fomos assistir a missa no Convento dos Capuchinos, era um dia especial, o “Dia dos Pais”. Rezada por Frei Eudes e acompanhada na sua homilia por Frei Paulo e alguns pais que estavam presentes e ajudaram na celebração deste domingo.
Quando chegamos, eu e minha querida Roberta, sentamos na parte central da igreja, segundos depois falei sobre minha intenção de colocar o nome de papai na lista das pessoas falecidas e fui a secretária providenciar meu intento, pois no último dia 03 de agosto, se vivo estivesse ele faria cento e um anos de vida. Assim fiz, foi à secretaria e entrei na fila das intenções, lá entre outras pessoas estava ajudando o pessoal da secretaria o querido Maestro Gilberto, também ao seu lado sua querida esposa Tânia, que ao me vê, disse: Você vai fazer coleta! Argumentei com ela, Ok! Mais antes quero colocar o nome de meu pai na lista das intenções dos entes queridos já falecidos, a fila estava grande e o tempo corria, e Tânia olhando em volta pra vê se encontrava outro irmão de caminhada para convidá-lo a se engajar na coleta. Não pensei duas vezes, e olhando pra ela disse: Vou pra coleta! E sai da fila das intenções com o coração apertado, e fui pra sacristia vestir a indumentária dos coletores, mais meu coração estava apertado, queria tanto inserir o nome de meu pai na lista dos entes queridos.
Quando fui comunicar a minha espôsa Roberta que iria participar da coleta, já estava paramentado com o jaleco dos coletores dos dízimos. Meu coração continuava apertado, não tinha conseguido colocar o nome de papai na lista das intenções, pois o chamado foi mais forte e lá fui eu pra fila que se formava na entrada principal do convento dos capuchinhos juntamente com outros pares que iriam trabalhar na santa missa. Antes de entrar no recinto, fechei os olhos e conversei com Deus, dizia que não importava se tinha colocado ou não o nome de papai na lista de intenções, o que importava era a minha intenção e Ele sabia qual era, meus olhos lacrimejaram, senti uma saudade imensa do meu querido velho. Era o começo daquele domingo especial em comemoração ao dia dos pais, lembrei-me também de meus três filhos e pedi proteção a Jesus para eles, pois, depois da missa iríamos nos encontrar.
Como sempre, a celebração começou com a saudação de bom dia, do Frei Eudes, posteriormente a Oração do dia e a Primeira Leitura: 1Rs 19,9a.11-13 Permanece sobre o monte na presença do Senhor. Na sequencia ouvimos o Salmo: 84,9ab-10.11-12.13-14 (R. 8) Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei! Depois a Segunda Leitura: Rm 9,1-5 Eu desejaria ser segregado em favor de meus irmãos.
Posteriormente Frei Paulo leu o Evangelho: Mt 14,22-33 Manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre as águas. A leitura descreve às tempestades e grandes ondas, que põem em risco a vida dos discípulos, ao atravessam de barco o mar da Galileia. É noite e o medo se apodera de todos, Pedro vê Jesus, mais incrédulo duvida da presença dele andando sobre as águas e diz: Senhor se és Tu, salvai-nos. E Jesus, disse: Homem de pouca fé, porque duvidas. E salvou todos.
A missa transcorria normalmente com suas liturgias, oferendas, comunhão e seus belos cânticos, até Frei Eudes e Frei Paulo cantaram músicas em homenagem aos pais.
Mais para mim, o melhor estava por vim, antes dos ritos finais, o amigo e maestro Gilberto levantando-se de sua cadeira, dirigiu-se a equipe de canto nos presenteando com a música: “Meu querido, meu velho, meu amigo”. A emoção tomou conta de todos quando começamos a ouvir sua bela voz encantando e emocionando a todos, muitos choraram, eu o colega ao lado, inclusive o próprio maestro que chegou a parar de cantar por alguns segundos, sufocado pela emoção. E depois, tudo foi coroado com a benção final.
Feliz, sai aliviado da missa, o coração já não mais apertava quando pensava no meu velho e desejava muita luz para ele, enquanto feliz ligava para meu primogênito e confirmava o encontro e almoço dos dia dos pais com eles.