sábado, 17 de janeiro de 2015

Luzes do Céu

Não concordamos com as críticas repetidas ano a ano, sobre as mudanças ocorridas durante os festejos natalinos, afirmando que tudo se resume aos jantares faustos, compras exageradas de bens materiais e trocas de presentes. Avaliamos tal conceituação como uma     verdade incompleta; pois, a despeito do que acontece, a essência do natal continua sendo Cristo e, facilmente, se faz perceber, a Sua presença bem mais perto de nós. Traduzir o natal como a “festa da família”, já se irradia o dom transcendental. Não devemos duvidar que os risos, as lágrimas e os abraços que se espalham em todas as Nações, revigoram o viver sacrossanto, transformando homens e mulheres. Então, por instantes, todos se despem do egoísmo e orgulho, como também, se libertam da solidão, das angústias e dos vícios. Tudo isto, são dádivas da majestosa vontade Daquele a quem reverenciamos o nascimento em Belém.  Perseverar na confiança, fortalece a fé por um melhor amanhã. Jesus sempre abençoa cada lar e se mostra participante ativo nos momentos em que a família chora de tristeza ou exulta de contentamento. A alegria registrada nas Bodas de Caná da Galiléia, na qual Jesus esteve presente, se mostra como simbólico exemplo. O primeiro milagre, ao transformar água em vinho, nos traz a certeza deste Seu amor. Durante o natal, as emoções que nos envolvem, mesmo em período tão curto, fustigam sentimentos adormecidos que, ao serem despertados, mostram em retrospectivas, o que fomos, o que somos e o que devemos ser.
Muitas das vezes, o criticar se torna vazio. Melhor seria que, na quietude de uma oração, o olhar de cada um, buscasse adentrar à própria alma, revelando a nossa pequenez. Não basta só as boas intenções, o mundo necessita de atos concretos para se transformar . O planeta não está incólume dos males e as sombras, por certo, continuarão ofuscando a claridade. Porém, a força da perseverança humana deve continuar como valioso antídoto, à espera da bonança e da paz. Doar e compartilhar são verbos do momento. É o mínimo que podemos fazer, se atentarmos para palavras contidas no Evangelho de São Mateus: “Porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim”. Tais afirmações sintetizam o verdadeiro espírito natalino. Temos a convicção das boas sementes que serão plantadas em milhões de corações. A figura do papai Noel, nunca foi e jamais será obstáculo aos encantos que a cristandade do natal nos oferece. Ao contrário, o bom velhinho nos convida a sermos parceiros em sua jornada, numa viagem de sonhos realizados, ao distribuirmos presentes, compartilharmos abraços e motivarmos sorrisos e lágrimas; entre adultos e crianças. Aos cristãos, o natal sempre evocará o presépio, representação do estábulo e dos personagens que participaram do nascimento de Jesus. Hoje, somos novas testemunhas da vinda do Senhor, quando Ele abre seus braços no meio de nós.  Comemoremos o natal de Cristo!
 
 
 

Marcelo Ronaldson Costa

Coronel PMAL da R/R
Membro da A.A.I.
 
 
 
 
 
Fonte: Pascom Segunda União
 

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