Não concordamos com as
críticas repetidas ano a ano, sobre as mudanças ocorridas durante os festejos
natalinos, afirmando que tudo se resume aos jantares faustos, compras
exageradas de bens materiais e trocas de presentes. Avaliamos tal conceituação
como uma verdade incompleta; pois, a
despeito do que acontece, a essência do natal continua sendo Cristo e, facilmente,
se faz perceber, a Sua presença bem mais perto de nós. Traduzir o natal como a
“festa da família”, já se irradia o dom transcendental. Não devemos duvidar que
os risos, as lágrimas e os abraços que se espalham em todas as Nações, revigoram
o viver sacrossanto, transformando homens e mulheres. Então, por instantes, todos
se despem do egoísmo e orgulho, como também, se libertam da solidão, das
angústias e dos vícios. Tudo isto, são dádivas da majestosa vontade Daquele a
quem reverenciamos o nascimento em Belém. Perseverar na confiança, fortalece a fé por um
melhor amanhã. Jesus sempre abençoa cada lar e se mostra participante ativo nos
momentos em que a família chora de tristeza ou exulta de contentamento. A
alegria registrada nas Bodas de Caná da Galiléia, na qual Jesus esteve
presente, se mostra como simbólico exemplo. O primeiro milagre, ao transformar água
em vinho, nos traz a certeza deste Seu amor. Durante o natal, as emoções que
nos envolvem, mesmo em período tão curto, fustigam sentimentos adormecidos que,
ao serem despertados, mostram em retrospectivas, o que fomos, o que somos e o
que devemos ser.
Muitas das vezes, o criticar se
torna vazio. Melhor seria que, na quietude de uma oração, o olhar de cada um,
buscasse adentrar à própria alma, revelando a nossa pequenez. Não basta só as
boas intenções, o mundo necessita de atos concretos para se transformar . O
planeta não está incólume dos males e as sombras, por certo, continuarão
ofuscando a claridade. Porém, a força da perseverança humana deve continuar
como valioso antídoto, à espera da bonança e da paz. Doar e compartilhar são verbos
do momento. É o mínimo que podemos fazer, se atentarmos para palavras contidas
no Evangelho de São Mateus: “Porque tive fome e me destes de comer; tive sede e
me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e
me visitastes; estava na prisão e viestes a mim”. Tais afirmações sintetizam o
verdadeiro espírito natalino. Temos a convicção das boas sementes que serão plantadas
em milhões de corações. A figura do papai Noel, nunca foi e jamais será
obstáculo aos encantos que a cristandade do natal nos oferece. Ao contrário, o
bom velhinho nos convida a sermos parceiros em sua jornada, numa viagem de sonhos
realizados, ao distribuirmos presentes, compartilharmos abraços e motivarmos
sorrisos e lágrimas; entre adultos e crianças. Aos cristãos, o natal sempre evocará
o presépio, representação do estábulo e dos personagens que participaram do
nascimento de Jesus. Hoje, somos novas testemunhas da vinda do Senhor, quando
Ele abre seus braços no meio de nós.
Comemoremos o natal de Cristo!
Marcelo Ronaldson Costa
Coronel PMAL da R/R
Membro da A.A.I.
Fonte: Pascom Segunda União
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário